A vitória eleitoral de Jair Bolsonaro nas ultimas eleições inaugura uma nova era para a recente democracia brasileira. Uma aliança entre liberalismo econômico, conservadorismo de costumes e militarismo tende a levar o país a uma realidade semelhante à ditadura de Pinochet no Chile ou ao Estado Autoritário de Alberto Fujimori no Peru. Portanto, as perspectivas para o próximo período são preocupantes para diversos setores da sociedade.
Os setores conservadores nos costumes que se aliam ao governo estão relacionados a “Bancada da Bíblia” (que de evangélica — no sentido de seguir os ensinamentos do mestre Jesus de Nazaré — não possui nada) e à grandes lideres do pentecostalismo nacional, como Edir Macedo (proprietário da Igreja Universal e da Rede Record de Televisão) e o Senador capixaba Magno Malta (o homem da oração da vitória de Bolsonaro, um homofóbico convicto que perdeu as últimas eleições justamente para um homossexual assumindo — o que revela algumas contradições destas últimas eleições ).
Embora o pentecostalismo realize em seus cultos atividades como exorcismo, falar em línguas, anúncios de revelações, etc, para seus seguidores, estas práticas não possuem qualquer relação com mediunidade. As atividades mediúnicas são combatidas, bem como as religiões afro-brasileiras e o espiritismo de matriz europeia. Sendo assim, num governo que já se demonstrou pouco preocupado com a laicidade do Estado, o movimento espírita brasileiro como um todo (mesmo aquele setor que resolveu se postular ao lado do presidente eleito) corre riscos de perseguição e/ou limitação de suas atividades.
A proposta social deste jornal também não é bem vinda no Brasil de Bolsonaro. Em várias falas ele demonstra que trata negros como mercadorias, homossexualidade com abominação e as mulheres como seres indesejáveis, ou de segunda ordem, fraquejadas, como ele prefere. Ao mesmo tempo, pretende perseguir os movimentos sociais utilizando a lei antiterrorismo (uma aberração aprovada em meio a realização no país de grandes eventos esportivos) para perseguir todo e qualquer ativismo. As ações de ocupação de terras e terrenos tendem a ser duramente reprimidas, e, infelizmente, a mídia alternativa (como é o caso deste e de outros tantos veículos importantes) tende a ser perseguida.
Diante desta realidade assustadora só nos restam como alternativas: lutar e resistir. Mais do que nunca pedimos sua contribuição. Compartilhe este jornal, apresente aos amigos das casas espíritas e aos amigos que buscam uma sociedade sem opressão. Siga dialogando e mostrando as contradições de um governo leito utilizando noticias falsas e pregando perseguição aos corruptos para no dia seguinte instaurar uma quadrilha nos ministérios. Seguiremos juntos, sem soltar a mão de ninguém!
Jornal Crítica Espírita 